Motivos para Apresentar uma Vida Grata ao Senhor
Etimologia: A palavra "gratidão" provém do vocábulo hebraico yadah, bem como da raiz latina gratus, cujos significados variam desde “agradável” ou "agradecido" até "render graças". Em suma, corresponde ao agradecimento ou reconhecimento de alguém por alguma coisa. Agradecer é dar; ser grato é dividir. [...] A gratidão não é capacidade de receber, mas capacidade de retribuir – sob a forma de alegria, sob a forma de amor – um pouco da alegria recebida ou sentida.
Contexto Histórico: Parte da libertação do povo israelita havia-se começado com a libertação do cativeiro. Todavia, eles enfrentavam oposição e dificuldades na reconstrução do templo e de Jerusalém (cf. Neemias 5: 1-5). Somente com a ajuda de Deus seriam capazes de levar a obra até ao fim. O salmo se divide em uma narrativa (cf. Salmos 126.1-2), um cântico (cf. Salmos 126.3), uma oração (cf. Salmos 126.4) e uma promessa (cf. Salmos 126.5-6).
Análise Literária: Não há quaisquer fatores que indicam sua possível data. Trata-se de um cântico de romagem ou de peregrinação. Ele era cantado pelos peregrinos que vinham de outras partes da terra de Israel e do exterior e subiam a Jerusalém para celebrar festas religiosas.
Introdução: Uma estória judaica a qual representa o conceito de gratidão: Conta-se que Abraão recebia peregrinos e os alimentava. Depois Abraão impelia os peregrinos a louvarem Adonai. Caso os peregrinos se recusassem a render graças ao Deus de Abraão, então o patriarca dizia veementemente: “Então pagas o que deves”. A gratidão deve estar no coração dos filhos de Deus; afinal, Ele sempre será por estes. Por que, pois, agradecemos ao Pai até ao dia de hoje?
I - PELO PASSADO ABENÇOADO DOS SEUS FIÉIS (cf. Salmos 126: 1) As nações haviam zombado de Israel e do seu Deus (cf. Salmos 80: 6); porém, a recompensa por tanto sofrimento e tristeza foi enorme. As tentações e tribulações alheias podem sobrevir, mas a alegria vem ao amanhecer (cf. Salmos 30: 5).
- Éramos povo gentio e destituído de pátria (cf. Efésios 2: 19). Deixamos de integrar um reino opressor (cf. Colossenses 1: 13) e passamos a viver com Cristo Jesus pela sua graça. Adquirimos uma nova cidadania: a celeste!
- Os sonhos de Deus para nós são inimagináveis (cf. Jeremias 29: 11). O povo israelita não concebia fim melhor que este! Ao olharmos para o pretérito, vemos que o Senhor nos ajudou continuamente (cf. 1 Samuel 7: 12).
II - PELO RECONHECIMENTO ADVINDO DA OBRA DIVINA (cf. Salmos 126: 2,3). O Senhor faz abundar os celeiros dos servos humildes, noticiando-o àqueles que estão à sua volta (cf. Ezequiel 36: 36). As obras plantadas no início não se podem esquecer. A expressão traduzida em fez relaciona-se à raiz 'asah, relacionada a "querer celebrar", "completar a obra".
- Os feitos de Deus precisam ser lembrados (cf. Salmos 143: 5). A verdadeira pessoa grata pratica, como exercício de fé e fortalecimento, um relembrar de sua trajetória (cf. 2 Timóteo 4: 7). O apóstolo Paulo, ao fazê-lo, serviu de exemplo para Timóteo.
- O Pai Celeste esquece-se jamais de seus filhos (cf. Salmos 137: 1-4). A ação divina leva-nos a uma alegria indizível. O autêntico justo vencerá em meio às privações, pois o Senhor lembrar-se-á dele (cf. Salmos 112: 6).
- O bendizer ao Senhor é uníssono. Observemos que em Salmos 126:2, encontramos gentios declarando a obra de Deus, enquanto o versículo seguinte trata da confirmação deste trabalho. Jesus o impeliu, terminando sua obra redentora (cf. Lucas 23: 47).
III - POR UM FUTURO ESPERANÇOSO (cf. Salmos 126: 4). No momento do cativeiro, a espera por um futuro melhor esgotava-se. As forças se esvairiam. Contudo, existe Aquele em quem sempre podemos confiar. A esperança não se acabará com Jesus (cf. Colossenses 1: 5).
- O coração refrigerado está livre para louvar ao Pai (cf. Salmos 23: 3,4);
- O ser esperançoso permanece em alegria (cf. Salmos 42: 11);
- O justo, quando o faz, é guiado no caminho da verdade (cf. Salmos 25: 5);
- A vida deste é cheia do Santo Espírito de Deus (cf. Isaías 44: 3-5).O próprio Cristo afirmou a vinda de um Consolador que renovaria a vida sedenta (cf. João 7: 37-39a).
OBS.: O Neguebe compreende uma região com cerca de 7.000 metros quadrados. Consiste em um deserto situado entre outros desertos. Permanece por seis meses sem qualquer precipitação; no entanto, no período das chuvas, o local é inundado por fortes torrentes de água que, depois de evaporar, dá lugar a um lindo jardim florido!
Conclusão: Que, verdadeiramente, em tempo algum se deixe de adorar e engrandecer ao Senhor pelas suas grandes obras; vivamos uma vida de gratidão a Deus (cf. 1 Tessalonicenses 5: 18). Digamos, com convicção: Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres!
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